segunda-feira, 29 de março de 2010

Verdade

Local: Sala de espera da vida
Data: Pelos vistos foi num dia de sol
Modelo: Cunhado de uma vizinha da minha prima que passa os dias a comer tremoços
... e a palavra escolhida foi verdade. Sei lá disse ele. Entre a plateia. Sei lá disse ele, quando lhe perguntaram porque não subiu ao palco. Sei lá disse ele, que por medo do sol.. preferiu os óculos ao calor. Sei lá disse ele, adiando para amanhã. Hoje era para ser o funeral. Mas não existiam verdades. Nem palcos. Fecha o pano.

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quarta-feira, 24 de março de 2010

São Martinho do Porto | Coragem

Lisboa. Um destes dias… de manhã, no Largo Camões. Estava um rapaz, dos seus vinte e qualquer coisa anos, guitarra eléctrica, sapatilhas azuis, os olhos também eram azuis. E saltava na calçada, com uma vivacidade e alegria contagiantes. Foi ali mesmo ao som dessa guitarra, que conversei com alguns seres humanos desconhecidos, pedindo um sinónimo da palavra ‘Coragem’ … para a ardósia. Ninguém respondeu.

Foi à tarde, do mesmo dia da guitarra. No cais de Peniche. Três bancos corridos, treze antigos pescadores, bonés pretos, bochechas e olhares calejados pelo tempo. Sentei-me junto deles, conversa puxa conversa… perguntei-lhes o que era a ‘Coragem’… doze deles olharam para o mar e nada disseram. Um dos senhores, levantou-se de rompante, e com os braços no ar, gritou: “Menina, Coragem … Coragem foi o 25 de Abril, que nem aqui onde estamos conseguíamos conversar, que vinha logo a PIDE perguntar do que falávamos. Agora? Agora as pessoas já podem conversar. Mas nada dizem, com medo de viver.”
O senhor não quis escrever na ardósia. Mas escreveu na minha memória, o seu grande olhar, de braços no ar, a mirar o mar… cheio de garra a pronunciar-se sobre e pela Vida.

Hoje. Entardecer. São Martinho do Porto. Foi essa a terra que escolhi para simbolizar a palavra ‘Coragem’ e toda esta analogia… que não deixa de ser irónica. Ninguém teve a coragem de pegar no giz e escrever. Porque estranhamente é muito mais fácil falar dos medos.. do que das coragens.

São Martinho do Porto é uma baía, para lá das rochas é o Oceano Atlântico. As ‘gentes’ ficam-se pela baía, é de nado fácil, sem ondas, sem correntes. Não existe o perigo de afogamento. Para lá das rochas o Oceano, só passa as rochas quem tem coragem de enfrentar o inesperado, os medos, as anomalias, o passado, as lágrimas. São as pessoas. Essas. De Coragem. Que deixam a baía do ‘apenas limitarmo-nos a existir’, e ousam nadar no Oceano da… Vida.

Coragem? Coragem não é existir. É viver. E. Há quem diga… que também Amar.


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domingo, 14 de março de 2010

Escola | Felicidade

Local: Escola ali para os lados do Oceano
Data: 12 de Março de 2010
Modelos: Alguns dos meus amores :)
Num tempo em que tanto se fala de Bullying, ou mais conhecido como violência verbal e/ou física gerada na comunidade escolar, achei importante e imperativo este pequeno/grande apontamento. Porque fartos de episódios menos alegres estamos nós, e porque vale sempre a pena fazermos o que gostamos. E lutarmos pela nossa felicidade. E se eles estão felizes, nós também estamos.
Convosco, a felicidade pelo giz dos meus amores.


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