quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


"Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao ...mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental.

 Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso."


Miguel Esteves Cardoso

1 comentário:

O Fulano disse...

A questão é que um amor assim é o cabo dos trabalhos. E ter trabalho numa coisa em que estamos socialmente condicionados para que dê apenas prazer, sopas e descanso, é coisa complexa de se aceitar. Mas acontece. Oh se acontece.

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